top of page

Becker, natural da Venezuela, vendedor de algodão-doce em João Pessoa, Paraíba

Gastronomia

Becker

O caminho do venezuelano Becker até ser um empreendedor no Brasil não foi linear. Quando ainda morava na Venezuela, ele atuou em diversas áreas, como vigia, garimpeiro e vendedor de sorvetes. Com a situação econômica se deteriorando e diversas pessoas embarcando para o Brasil, ele resolveu seguir o mesmo rumo. Chegou ao país sozinho, em janeiro de 2020, e viveu alguns meses em um abrigo em Boa Vista, Roraima, até ser realocado voluntariamente, por meio da estratégia de interiorização, para Conde, na Paraíba.

Na nova residência, conseguiu emprego em uma fazenda, que funcionava com pagamento por diária. No entanto, a experiência não deu certo, e ele partiu para a capital João Pessoa, onde vendia os mais diversos itens nas praias e nas ruas, como pipoca e trufa. Neste período, economizou algumas parcelas do Auxílio Brasil e comprou uma máquina de algodão-doce, sem fazer ideia de como manuseá-la. “Eu estava pesquisando o que queria fazer da minha vida, não conseguia emprego com carteira assinada e queria abrir um negócio por conta própria. Fui pesquisando e vi o negócio do algodão-doce”, relembra.

Mas, antes de começar a usar o equipamento, Becker precisou buscar os três filhos que chegaram a Boa Vista, onde permaneceram por cerca de dois meses. Foi neste momento que ele pesquisou vídeos na internet e aprendeu a fazer os algodões-doces que passaria a vender. Ali, o empreendedor percebeu que o negócio poderia dar certo.

Ele, os filhos e a máquina foram para João Pessoa em setembro de 2021. Atualmente, Becker vende algodões-doces em praias, ruas e sob encomenda, inclusive para eventos, como festas infantis.

“Quero crescer mais. Planejo comprar outra máquina de algodão-doce, para ter uma extra caso a outra estrague. Também quero investir em brinquedos para fazer locação em festas infantis, além de fabricar pipoca doce colorida”, almeja.

(Texto incluído na Plataforma em Novembro de 2022)

bottom of page