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Nour, natural da Palestina, professora de idiomas em São Paulo

Idiomas

Nour

Foto: Daniela Segadilha

Nour chegou ao Brasil em 2015. Ela deixou seu local de origem, a Palestina, devido à guerra que persiste na Síria há quase uma década. Desde que chegou ao Brasil, Nour passou a integrar a ONG Abraço Cultural, que oferece aulas de diferentes idiomas com professores refugiados para brasileiros. Na verdade, são mais do que aulas, o ensino de idiomas neste projeto envolve trocas culturais.

“Eu tenho formação acadêmica como tradutora e já atuava parcialmente como professora de idiomas na Síria. Quando eu comecei a trabalhar no Abraço Cultural, fiquei apaixonada pelo propósito da organização de ensinar como forma de promover experiências de vida”, afirma a professora de inglês e árabe para brasileiros.

Antes mesmo de vir ao Brasil, Nour já planejava ter uma ONG na Síria para promover consultorias de gestão de negócios para o terceiro setor, mas seu plano foi adiado pelo conflito. Em terras brasileiras, além de dar aulas de idiomas, Nour também trabalha no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), que oferece acolhimento e atendimento especializado aos demais refugiados e migrantes da cidade de São Paulo, e é voluntária no Conselho Municipal de Imigrantes.

Atualmente, com a complexa nova realidade imposta pelo novo coronavírus, a preocupação inicial sobre o remanejamento das aulas para garantia da renda e dos aprendizados deu lugar a um novo modelo de gestão, que reforçou a solidariedade entre todas as partes envolvidas.

“Tivemos que adaptar as aulas presenciais para as virtuais. Mas essa experiência vai nos ajudar a crescer profissionalmente e melhorar nossas habilidades técnicas. Os coordenadores da ONG se esforçaram para rapidamente implementar uma infraestrutura adequada.” Nour conta que os alunos mantiveram o interesse pelas aulas e os professores ampliaram as referências de ensino, compartilhando mais conteúdos e desenvolvemos novas capacidades. “Nesse momento, nossos esforços individuais devem ser para o bem coletivo e, se por meio da minha aula eu conseguir fazer com que alguém alcance seus sonhos, será uma realização para mim”, completa a palestina.

(Texto produzido em Março de 2020)

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