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Renee, natural da Guiana, artesã em São Paulo

Artesanato

Renee

Foto: Flavia Valsani

Renee chegou ao Brasil em 2011, tendo deixado seu país de origem, a Guiana Inglesa, para estar com seu marido Lambert, refugiado da República Democrática do Congo. Ela se interessou sobre artesanato depois que um vizinho brasileiro lhe apresentou o biscuit – uma massa de modelar artesanal – e dali em diante, não parou mais. Renee começou a produzir inúmeros acessórios africanos (como colares, brincos, pulseiras, bolsas, quadros) e fazer bonecas negras Abayomi – cuja simbologia em iorubá significa “aquele que traz felicidade ou alegria”.

“Comecei a fazer artesanato como hobby, mas se tornou uma fonte de renda depois que as pessoas começaram a pedir para vender meus produtos. Como gosto muito desta atividade, consegui conciliar o prazer de ser artesã com um negócio que gera receita, sendo esta minha fonte de renda”, conta ela.

Renee já participou de inúmeras oficinas de artesanato, fazendo cursos de pintura em tecidos, cartonagem, técnicas de patchwork, bordado, pedraria, costura… E como resultado, a combinação de técnica e talento é evidente. Porém, o cenário atual de pandemia da COVID-19 tem derrubado as vendas, já que Renee vendia seus produtos principalmente em feiras e eventos. Mas ela segue confiante de que o apoio conjunto neste momento fortalecerá as relações futuras.

“Em tempos como esses, devemos nos apoiar, mesmo que seja apenas uma palavra de encorajamento, um sorriso ou por ser gentil e, quando possível, compartilhar o que você tem. Muitas outras pessoas também estão passando por dificuldades, mas sairemos dessa ainda mais humanos”, aposta.
(Texto produzido em Março de 2020)

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