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Rikler, natural da República Democrática do Congo, chef no Rio de Janeiro (RJ)

Gastronomia

Rikler

Rikler nasceu na República Democrática do Congo e conta que, ainda criança, aprendeu as receitas culinárias do país africano com a mãe e as cinco irmãs. E, apesar de ter cursado faculdade na área de Cultura e Jornalismo, foi como chef de cozinha que ele reencontrou suas raízes no Brasil.

“Eu conquistei minha identidade na Gastronomia, isso me ajudou muito. Eu estava indeciso do que fazer no Brasil e a Gastronomia me deu identidade, virou uma terapia para mim”, diz.

Rikler chegou ao Brasil em 2010 e se instalou no Rio de Janeiro em 2012. Depois de cinco anos, começou a cozinhar para amigos aos fins de semana em uma comunidade de Barros Filho, bairro da Zona Norte. Naquela época, fazia alguns petiscos típicos do Congo e de Angola, país que morou por alguns anos, e os servia ao som de música africana. Assim, nasceu o projeto gastronômico Chez Kimberly Food, que por um tempo funcionou como um bar no bairro. A iniciativa ficou tão conhecida que Rikler passou a ser chamado de Kimberly.

O empreendedor, atualmente, cozinha em eventos, feiras e comemorações. Os principais pratos do cardápio são o Makabu, que mistura feijão e folha de mandioca com um toque de dendê, e o Sekelembe, receita de folha seca de fumbwa (espécie de espinafre encontrada no Congo) e pasta de amendoim. Rikler também ajudou a desenvolver o cardápio do quiosque cedido à família de Moïse Kabagambe, refugiado congolês morto no Rio de Janeiro em janeiro de 2022.

“Cada evento que eu faço, a pessoa descobre um novo sabor, um novo prato. Também é uma forma de trazer conhecimento sobre a gastronomia africana, de diminuir a xenofobia e o preconceito. Hoje em dia, atendo mais o público brasileiro do que o africano”, explica.

Para atender à demanda, Rikler viaja mensalmente a São Paulo. Ele tem planos ambiciosos para o futuro do empreendimento: “Quero abrir meu restaurante e espalhar unidades por todo o Brasil. Também quero criar uma rede dos meus restaurantes nos países africanos”, planeja.

(Texto incluído na plataforma em Junho de 2023)

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