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Yurelsi, natural da Venezuela, artesã em Manaus (AM)

Artesanato indígena

Yurelsi

A relação de Yurelsi com o artesanato começou cedo. Aos 14 anos, ela aprendeu o ofício com a mãe. Pertencente à etnia indígena Warao, povo originário do Rio Orinoco, na Venezuela, ela lembra que suas tias também trançavam fios para confeccionar cestos e itens de decoração. Para ela, o artesanato faz parte de sua história e de sua ancestralidade. Além disso, foi o sustento dela na Venezuela e tem sido no Brasil, onde chegou em 2019.

“Vim com meus três filhos, meu esposo e um tio. Na Venezuela, eu vivia do artesanato. Com a crise, ninguém comprava artesanato e, se não compram, minha família não come”, explica.

Yurelsi e a família ficaram por dois anos em um abrigo em Pacaraima, Roraima. Neste período, ela começou a fazer parte do Artesanía Warao, projeto do ACNUR, Museu A Casa do Objeto Brasileiro e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que apoia pessoas indígenas venezuelanas refugiadas com cursos, espaços e venda de artesanato.

Em novembro de 2021, em busca de mais oportunidades, a família se mudou para o Abrigo Tarumã-Açu 1, em Manaus. O marido de Yurelsi trabalhou um tempo com reciclagem, mas atualmente está desempregado. Então, a renda da família depende exclusivamente da venda do artesanato. Yurelsi confecciona os itens com a fibra de palmeira de buriti – árvore amazônica sagrada para os Warao,. Ela conta que também aprendeu a fazer colares e pulseiras de miçangas. A venda acontece em feiras em Manaus, pela internet, e em São Paulo, com intermédio do Museu A Casa.

A artesã planeja ter um local próprio para a venda de seus artesanatos, além de uma casa. Sonha ainda que seus filhos estudem e conquistem boas oportunidades no Brasil.

(Texto incluído na plataforma em Setembro de 2022)

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